VISITANDO OLINDA -- (Jairo Nunes Bezerra )
Às 11 horas da manhã, sentado à mesa do restaurante Luar de Prata, em Olinda, fitava na proximidade o vaivém das águas do mar que batiam de encontro as pedras formando espumas esbranquiçadas. Um pouco distante, na parte mais profunda, as águas se destacavam com um verde escuro com pequenas variações para o azul. O cenário era perfeito para um vinho. E foi o que me veio à cabeça. Desta vez o vinho foi branco
e acompanhado de lagostas. Sorvia lentamente aquele néctar, enquanto mastigava as melhores partes do crustáceo. No ar ecoava a voz de Adriana Calcanhotto: Entre por essa porta agora/E diga que me adora/Você tem meia hora/Pra mudar a minha vida/ Vem vambora/ Que o que você demora/É o tempo que leva...Ainda tem o seu perfume pela casa/Ainda têm você na sala...E o vinho, participando daquele momento, desaparecia aos sorvos.. O espaço era de paz. Apenas o garçom me interrompia de vez em quando, perguntando-me se desejava mais alguma coisa. Sorria e pedia-lhe silêncio. O monismo era mesmo de paz e tranqüilidade. Às 14 horas, na volante do carro dormitava um pouco, mas consciente. O dia realmente tinha sido proveitoso para mim, embora diferente para as lagostas. Geralmente na vida isso acontece: Uns sucumbidos para sobrevivência de outros! No percurso, de volta ao centro, passava pela avenida beira mar, vendo variedades de biquínis: Uns tipos calçolas . Outros pequenos triângulos, escondendo outros. Faz parte da vida!... E logo, avistei os edifícios que davam início ao centro de Recife. Realmente Olinda é uma bela cidade. Existe magia em suas paisagens!...