Com esse teu ar
De arcanjo branco
Triste e alheado
Ficas por vezes quase etéreo
Calado
Enquanto eu te olho docemente
Num espanto condenado
Quase místico
Debruço-me secretamente sobre ti
Descubro-te aos poucos
Projecto-te a minha insensatez
Sinto o teu desejo em mim
O sabor do prazer
As carícias tensas
Os nossos corpos
Cruzam-se e descruzam-se
Entre beijos passeio-me
E perco-me em ti
Numa espécie de prece
Porque existes
Eu peço-te
Ama-me amor…
E.L.
2008/4/02
E.L.