Dias de nevoeiro,
Onde a ilusão de uma paixão mental
E dita mais consistente
Que o amor natural
Onde o frio do egocentrismo
E a incerteza do ateísmo
Sobrepujaram o calor do fogo do sacrifício
Eis que,do nada,acinzentou-se o derredor
Flertavam com a escuridão,
Desejando o prazer
Entretanto,ao vazio a dita cuja pertence
Esvaiu-se a doçura do beijo da princesa
E o corpo da bruxa brilhou feito estrela cadente
Deveras,perdi meu próprio protagonismo
Dentro da imensidão de gritos
Porque enxergo pouco,feito qualquer humano
Que jamais alcançará verdades universais
Esqueletos antigos,guerreiros caídos em guerra
Conspiraram com os ventos para relembrar
Que daqui nada levamos,somente herdamos
Até o ódio,até mesmo o ódio
Porém,se sou parte,tu também o é
Logo,somos parte do todo
Ouça a minha voz,venha a mim
Sei que também estás a vagar por aqui
Não os escute,eles pouco sabem
Muito menos de futuro,menos ainda de destino
Seja a minha luz,a cor do meu viver
Construiremos nosso próprio mundo,eu e você
Desses,pequenos como os de novela
Que saem da mente do autor sem fidelidade a complexidade da realidade
Então,juntos,venceremos o fantasma da amargura
E o sorriso maligno da tentação a solidão