O que esperas do silencio que te mostro?!
O que esperas da saudade qu'inda sinto?!
Acredita que aos teus pés não mais me prostro,
embora sintas que, ao dizê-lo, eu te minto!
E ai dos teus olhos tristes, ó meu bem,
que mais parecem duas papoulas rubentes,
mais parecem as chagas que o Senhor tem
das suas santas mãos pendentes!
'Inda assim não me comovo nem me iludo,
de ti já nada espero nem tolero,
perdi tanto ao amar-te, perdi tudo!
E o que esperas tu da minha despedida
embora sintas que também não a quero?!
Adeus! Vou salvar o que resta desta vida ...
Richard Mary Bay
"o Último Romântico"