O que te faz pensar que tens algo que os outros não têm?
Tantos que tiveram e fizeram muito mais que você, conseguiram desfazer da essência.
Um ato simplório, porém objetivo.
O que te faz pensar que também não poderia?
Se nunca esteve do seu lado a boa sorte.
Aonde acha que chegaria? Se o mais longe seria a distância que o espelho lhe permitiria!
Que você espreita ser além do pó?
Se o fardo lhe causa dó.
E o moribundo questiona seu destino,
além da prisão que sua alma habita.
Vagarosamente, à espreita daquele que desfruta do gozo, regozija...
Tantos que aglutinaram para ver sua vida
são os mesmos que zombam...
E no ventre da sua memória, ficou apenas
a imagem do adeus.
Não aspire àquilo que nunca foi seu, sequer prometido dos Deuses, jamais se prometeu...
A culpa cintila, quão desejo ser o que nunca foi... para justificar a vida que nunca teve.
Por mil anos, por séculos e mais séculos, a ardilosa busca pela imensurável santidade... por vezes prometida... ora felicidade!
Jamais convenceu!
E os lugares em que passou, qual o sentido?
E os dias que se foram, houvera um justo sentido?
Buscou ser livre, quando no mais, era preso, e sabia, desde a luz até o sepulcro, nada mais pretendia, quão boa morte.