O que era força, nada mais foi que covardia. Um mísero sentimento disposto a rastejar pela encosta até se jogar...
E para quê, senão ouvir do silêncio o único ato de desprezo, que priorizou aquilo que faz de si sórdido e vulgar.
Das vísceras, a morte esperava, arrancastes o prazer.
E para quê, senão gozar o desprezo.
Ungido de glória contra o fracasso da esperança que o coração não temeu em dispor das palavras que um pequeno gesto impulsionou.
Concorra para que seja despido de vergonha. Homem sem brio, apenas migalhas por migalhas... E tudo que esperou foi um olhar...
Nada adveio senão o rancor, a vergonha por ter rastejado...
Humilhando-se diante do coração, das últimas forças, que o desejo frutificara.
Para quê, senão abocanhar a solidão.
Despir-se do orgulho, para pescar a decepção.
Como pode enganar a si, achando que um gesto, pura educação, simbolizaria algo a mais, senão um hábito de cordialidade!
Como poderia agir diante do calor que no peito ardia, apenas por um olhar!
Que nada mais sedimentara senão a indiferença, movida por prioridades.
Cruel atitude. Por que submetera-se a tão vil pensamento? Aceno ao que não teria mais em suas mãos... E o seu nome ecoou...
Rasteja homem ignóbil. Sua destreza não é mais que sua ignorância. Vagueia pela escuridão, pois nada mais terá, senão o acalento do frio.
Corte aquilo que alimenta n'alma a perniciosa sensação de calor, tão falsa, quanto suja.
Destrua em si, com a toda a prioridade, a esperança, restando o brio da cara envergonhada e traída pelo próprio sentimento.
Será isso e mais nada a ficar, mudo, arredio e mal caráter, obtuso instinto que um dia se vangloriou por existir.
Arrebata a cara, vadia e infeliz, mostra-se promiscua ilusão. Esvai-se sobre último suspiro, sangra sobre as últimas palavras...
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