Naufrago em mar violento
Quando as violentas ondas do mar
baterem no meu peito desnudo
como um naufrago eu penso em me afogar
neste eterno mar e esquecer de tudo.
Quero entregar-me a este nada absoluto
nestas ondas mortas loucas enfurecidas
me corta este vento descabido e bruto
fosse eu apenas fruto podre nesta vida.
Entregar minha matéria a esta mistura
de água e este ser supremo que perdura
no o céu e na terra em um corpo fálico
e estas águas de salmoura que me calam.
Tento gritar arremessando minha amargura
toda em reverso desconexo e pecaminoso
mas sou um boneco de pano patética figura
e me entrego aos mistérios deste mar majestoso.
Alex