Amor, essa dor que não dói, corrói
Essa ternura constante, alucinante
esse querer por querer
esse calor que faz tremer
Amor, essa ternura doce
delicadeza subtil
distância vizinha
alma acompanhada, sozinha
Amor, essa palavra que não se diz
mas se sente na garganta
e apetece gritar
calando os lábios em segredo
Amor, esse poema que não se escreve
essa música que se sente e não se canta
essa dança quieta em corpos irrequietos
Amor, esse sorriso de lágrimas,
contentamento descontente
só provado no sabor
de um beijo sem sentido
porque é um beijo de amor
Delfim Peixoto © ®