LUZ DO AMOR
Entre nuvens cinzentas e velozes
Cambaleando entre o horizonte brilhante do céu
Simulando manchas de luz fingida
Só o silêncio da tarde lhe açulava sonolências fugidias
Entre as interrogações súbitas que despertava
Sob luzes de todas as cores
Fazendo o mundo girar em rodopios intermináveis
Num torpor arrepiante
Quais remoinhos em águas turbulentas
Afugentado a luz reluzente na espuma das levadas
Nós não tínhamos medo da luz,
Nem das águas, diziam
E eu acreditei
João Garcez, 2016/11/06