IMPERATIVO
(Jairo Nunes Bezerra)
Foi-se o silêncio. O vento circula alterado à minha volta,
Recentes poemas voaram pela proximidade,
Foram-se os mais belos, daí a minha revolta,
Enquanto tudo observo com perplexidade!
Isso não fazia parte dos meus anseios,
Mas figurou nos meus momentos de inspirações...
Agora sem iniciativa vem o aperreio,
Tristezas sem consolações!
Foi-se o vento, regressou o sol causticante ,
Fez-me vítima de seus raios imperantes,
E tristonho aspiro por chuva!
Desejo não realizável,
Nuvens claras continuam voejando num céu estável,
E foi-se a desejada ducha!