Poemas :
Miradas gulosas e famintas
Ó doce Verão! Não leves teus raios de sol
Pra lá dos horizontes adormecidos,
Preciso de ti, aqui nestes principados
Onde sou fã de bumbuns bronzeados
Adie o inverno que empina girassóis
Com seus friolentos dedos,
Que tecem meus medos
Das gélidas águas do recife
Adie, não me deixe fazer de patife
Perante olhares sedutores das donzelas,
Que me cozem sem tachos nem panelas
Nestas tórridas areias do prazer
Deixe incidir teus raios ultravioletas
Nestas nádegas perfeitas,
Torradas nas torres da minha vigia, eleita
Pelas minhas miradas gulosas e famintas
Ó verão encantador! Fique por mais um tempinho,
Não me deixe sozinho
À contar vagas friolentas do recife
Que vêm botar suas lágrimas no meu velho esquife
Adelino Gomes-nhaca
Adelino Gomes
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