Tens tocado a sombra da lua,
como se fosse um frio campanário.
Teu pulso era uma jaula de silêncio.
O jardim era um pajem adormecido
pela gelada brisa, entre os álamos,
que a aurora de teus lábios soprou.
Já tocastes a espinha da rosa.
E a cegonha alva do crepúsculo,
pousou no ninho do teu canto.
Rui Garcia