De maneira que me encontro assim:
Sou um soneto inacabado.
Sou um texto que chegando ao fim,
Teima feito burro empacado.
Cheguei até aqui com louvor,
Mescla de métrica e lírica;
Mas por não encontrar o amor,
Tropeço de forma satírica.
Onde estará esse poeta?
Ergueu parede sem reboco,
Deixou intacta sua meta.
Faz-se surdo à minha súplica,
Trancou-se de forma hermética;
Faleceu? Ah! Tornou-se oco?
Frederico Salvo