ABRIL
Fim dos dias castrados foi em abril!
Quem recorda a manhã primaveril?
Passeando nos corredores da escola,
De mãos dadas, quais gémeos, de sacola!
Rompiam sonhos de liberdade débil…
Rúbeos cravos brotavam no fuzil,
Entre letras tocadas com a viola
Ventos de liberdade que consola.
Encheram de versos esse vazio,
Cessaram lutas, em versos de amor,
Jorravam sonhos, pelo país em flor.
Poupavam armas, em raro esfuzio,
Trocavam beijos, de amor, do momento;
Durarão para além do esquecimento.
João Garcez, 2016/10/23
Um poema sobre o encanto de abril.