Ary Bueno [ O Príncipe dos poemas e do amor ]
Como eu queria, nunca ter te conhecido
Gostaria, que a mim, jamais procurasse
Tu que faz, com que eu chore entristecido
Queria, que Deus, nosso encontro evitasse
Tu que não tem piedade, em teu vazio olhar
Semeias, tanta dor, és uma mulher maldita
Por onde passa, ninguém quer a ti vir a amar
Sua sina, sera carregar, sozinha, esta sua desdita
Sem ter um leito, para repousar, sem carinho
Sem calor, sem um sorriso para a ti alegrar
Sofrendo a mais negra solidão, neste caminhar
Tu, que jamais terá um aconchego, em seu ninho
Por ti, se sumires, ninguém haverá de chorar
Sai deste mundo mulher, abandones tua sorte
Aqui jamais terás amor, ninguém te quer achar
Todos, se revoltam ao chegares, senhora Morte...