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COITA D’AMOR

 
Tags:  SONETOS 2005  
 
COITA D’AMOR

Quando eu morrer d’amor, serei em paz.
Afinal, o pior pode acontecer...
E, se acontece, que há-de se fazer?
Resta apenas perder-me mais e mais.

Paixão... Enquanto o corpo ama a alma, jaz...
Aliás, o melhor jeito de morrer:
Qual pródigo, fortunas desfazer
Com boas companhias muito más...

Amar! Amar! Amar! Amar! Amar!
Esgotar-me em libido pelo sêmen
E espantar àquela que todos temem.

Mas se nem assim o amor eu despistar
-- Pós-coito, ânimo triste... -- Eu me esvazio
Em vão e mais um gozo tão vadio...

Belo Horizonte – 27 09 2005



Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
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RicardoC
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Enviado por Tópico
Nanda
Publicado: 30/10/2016 11:31  Atualizado: 30/10/2016 11:31
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 Re: COITA D’AMOR
Ricardo,
Um soneto bem construído.

Nanda