Quanto custa a ti
Cortar minha vida?
Lenhar-me se não sou
Que idiota prazer
Não destes água quando sede tinha
Nem comida quando fome senti
Quando cresci me podou
Que idiota prazer
Me abandonou a vida toda
E curtiu a sombra que te dei
Pássaros se alimentaram do meu corpo
Idiota prazer? Não
No final da possível vida de paz
Você me corta. Me tortura e torra
Que prazer é o seu?
Minhas feridas
São o seu diploma de idiota
José Veríssimo