Há algo em mim que resiste, e que avança por entre a névoa. E os dias, em sonho real, ou realidade sonhada, escrevem o tempo em que existo quase sem propósito. Mas essa força que me move impede-me de desistir, e por entre a névoa, sigo. Sigo, para além de mim, por não ser eu quem tece as malhas, e estou sempre em qualquer parte, menos no domínio do meu ser. Não sou, porque me assisto a ser, como se me narrasse às paredes, ao vento e aos outros, sem ser omnisciente da minha própria história.