Tudo parece pesar os teus passos
Tudo parece murchar diante dos cordões
Tudo parece sombra no caminho deixado
Tudo parece fado no soalho dos sapatos
Tudo parece rasto de estrela num nublado dia
Até a esperança do amor
Se desfaz nas palavras
Menos raras
Que te chegam
Nem mesmo as flores bandidas
Te roubam as vistas
Nem mesmo o alegre cantar do sol
Te desvia da triste
Melancolia
O coração teu
Se tornou lava adulta
Inverno
Parado
Na chuva fria
Já não toleras
As promessas
Sem o calor da pele
Sem a presença
Assídua
De um olhar
Dado
Mas Como posso chegar-te …?
Se recusaste um abraço como chave
E permaneceste trancada no forte do coração
No quarto fechado
Por favor, deixa-me entrar
Não te vou magoar
Quero ser a lareira acesa
Que ilumina o vazio
E ameniza o desassossego
No desespero das horas compridas
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