Que me ceguem os olhos, por não te ver;
que eu emudeça com a palavra na garganta;
que venhas só e breve buscar o meu viver,
que sem ti, meu anjo, já nada lhe espanta.!
Que me tomes em teu colo para eu beber
os teus beijos, como se fora uma planta;
de modos a poder crescer e combater,
tudo o que ante mim e meus olhos se agiganta.!
Cerces muros, pela raiz voltaram a crescer,
(e esta vontade louca e tão minha de morrer,
é do poeta a sua vontade de lutar).
Cresci e vivi, fora da cidade, depressa demais.
passam por mim cartilagens de animais a galope
mas meu amor,não vai dar
creio que já não será possível,
que nos voltemos a encontrar!
E.L.
2008/6/03
E.L.