PRESO À TUA IMAGEM
(Jairo Nunes Bezerra)
O teu corpo lascivo deixou-me azucrinado,
Não nego, grande foi o desejo de mordiscar-te...
E foi com o meu sofrido coração acelerado,
Que tive a ventura de apertar-te!
Saciei a saudade de alguns anos reinantes,
Não vi regozijo de tua parte em nossa aproximação...
Será que um novo amor foi do nosso itinerante,
Impulsionando-me para solidão?
Fatigante solidão que se finda com o teu regresso,
Testemunhada pela azulada amplidão,
Que me ver bafejado pelos os teus afagos!
Gotas d´água das chuvas descem –me pela face,
Tornam-se o meu disfarce,
Encobrindo lágrimas recentes de sabores amargos!