Como ela é misteriosa,
Em sua face existem curvas,
E nessas curvas a devaneios,
Onde vejo diversos dos meus anseios,
Não apenas os meus, mas também os seus!
Assim é a vida e estamos a sua mercê,
Ela possui seus segredos, e as vezes nos força uma escolha
Como num rio que tem em suas águas,
O ritmo, rumo, suas correntes e o seu percurso.
Preciosa e graciosa, porém tamanha força possui.
Nos lança ao seu leito, e em tormenta caímos em decurso.
Então vemos que o sol nunca deixa de brilhar,
E que a lua nunca deixe de nascer,
Tampouco que os ventos param de soprar,
E sim, em recuo à cada tempestade, o sopro de alívio
O despertar de outro amanhecer, entre nuvens o raiar da luz,
Então entre afagos e amparos, brilha um arco-íris, outro dia para navegar
Podemos até nunca lhe desvendar, ó vida querida, mas prometo me esforçar.