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Parábola da saudade que não te tinha

 
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Mil seiscentas e oito horas
sessenta vezes,
no batimento
tanto,
tanto...

Luzes variadas,
brilho de sol posto,
fina lâmina, descolorida,
tão, tão,
tão bela de encanto...

Nas memórias intemporais
passadas e futuras,
sabe-se rendido
e sorri.

Pelas quatro estações
roda, ao desvario do sentir,
das palavras feitas fogo e cinza
tornadas tornados, furacões e acalmia.

(ele sentado em areia movediça)
Terra firme, pediu-lhe séria,
algo em que se ande
(ele confuso).

Obediente,
mergulha em pântanos
seguindo a sua natureza apaixonada,
constrói barcos de papel reciclado, para navegarem.








Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.

Eugénio de Andrade

Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.

Curva plana cujos pontos distam igualmente de um ponto fixo (foco) e de uma recta fixa (directriz).

"parábola", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/parábola [consultado em 30-09-2016].

Curva plana dá-me um nó...
 
Autor
Rogério Beça
 
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Enviado por Tópico
Jmattos
Publicado: 01/10/2016 11:45  Atualizado: 01/10/2016 11:45
Usuário desde: 03/09/2012
Localidade:
Mensagens: 18165
 Re: Parábola da saudade que não te tinha
Rogério
Parabéns! Belo poema!

(ele sentado em areia movediça)
Terra firme, pediu-lhe séria,
algo em que se ande
(ele confuso).

Obediente,
mergulha em pântanos
seguindo a sua natureza apaixonada,
constrói barcos de papel reciclado, para navegarem.


Tão eu! Perfeito!
Beijos!
Janna