Poemas : 

Flor de Mendoza

 
Em torno de tudo na imensidão,
eis que apenas teu semblante
fez diferença nesses dias.
Nada busquei, mas tu vieste...
Tua presença trouxe paz,
Vida e renovo.
Leva-me!

- Talvez não haja outros Setembros...
- Nem cartas dedicadas respeitosamente no final...
- Nem nomes em orações...
- Tão poucos outros listões...

- Talvez nada conspire mais a favor...
- Tudo passou e distante ficou...

- Eis olhar que fita o chão...
- Tão denso e distante...

- Mesmo em meio a sala, ainda é solitário.
- Quanto pesar nesse olhar,
de tristeza pela perda.
- Olhar que diz o que passas
nas noites que passam.
Uma à uma, sem ela.
- Mesmo sem nunca falar,
passas a velar.

De certo em que dias passarão,
e noites chegaram...
sendo no fim e no início
teu sorriso simples e cativo
adorna minhas lembranças.
Não aquele imutável em foto,
mas o vivo, que guardei em mim
daqueles finais da tarde e
os das poucas manhãs.
Leva-me!
Tudo...
Teve que acontecer...
Para que lembre cada vez mais de você.
Leva-me!
Leva-me onde estás,
leva-me...

- Sofrer mais?
- Quando alguém se vai...
- O quê fica?

Leva-me onde estás!
Há mais fogo...
Há mais céu...
Há mais vento...
Há mais sonho...
Há mais chuva...
Há mais brisa...
Há mais risos...
Há mais canto...
Não há mais medo!
Leva-me...!

- Onde estás?!

 
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chotoe
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