Se te há dado conhecer todos os mistérios da vida,
ao arrepio da alma no lavradio o sopro da brisa poderia confundir-te,
antes que inexorável se rompa o véu para outra passagem,
incutir alvíssaras com palavras não ditas.
[...E se talvez um dia não forem escritas e restarem inauditas,
poder-se-á jamais entender a que se destinava a mensagem.].
Em sonhos somente [...E não mais, nem menos... Num devaneio...],
vem e recostas a cabeça como no ombro acolhedor de Ti;
digo-te baixinho em segredo para só tu ouvires,
que não haverás de te preocupar tentando desvendar segredos.
Muito me arrependo de ter aceso a chama, até avivado medos,
alimentando o mal que te atormenta nos degredos.
Tal remorso rói, insidioso sufoca na razão da ânsia imposta...
Já que é da mesma chama que te queima as chagas expostas.
Calo-me... Como eu, bem sabes... Não, não precisaremos de respostas.