Para além de mim... já nada sou,
Senão o que resta de mim mesmo!
Que é tão pouco...
Quase nada!
Sou folha que dança no vento sem rumo certo,
Sou espaço sem tempo, onde não sei estar!
Sou da noite, a alvorada,
Que desponta num novo dia,
Incerto… meio encoberto...
Onde as sombras ainda pairam!
Que sou eu para além de mim?
Onde estou eu?
Onde quero ficar?
Que são feitos dos meus mundos?
Onde se encontram agora?
Procuro-os algures nos meus sonhos,
Sei que é lá que se encontram...
Sei que é lá que ainda vivem!
Quem sou eu?
Quero encontrar-me!
F.Serra