Brilho nos versos- Lizaldo Vieira
Versos que reluzem
Contaminam
Cantam e choram
As inglórias variaveis
Seus contos
Doidos
Tontos
Bons
Nem tantos
Só mesmo improváveis
Limitados
Nele tem luz das manhas
Iluminando os dias
Doce aguas matando a sede
Das tantas injustiças
Ele é como estrela bordando o pano de fundo do céu
De pontos em cruz
E renda irlandesa das divinas pastoras
Mais têm o calor do sol das manhas
De primavera
A leveza das nuvens
Carregadas de nimbo e quimera
A sutileza do voo dos pássaros
Sobrevoando campinas
A grota do angico
Nos florestas magistrais da caatinga
Feito abelha nativa
Fazendo o desdobramento o doce aroma
Das flores silvestres
Da nossa atlântica
No doce ar puro
Dos ares nordestinos
Sou pequenino
Mais vejo que a montanha
Que desmonto tem vida
O solo poluído e destruído
Ressurgem suavemente gramíneas e ervas benignas
Quer reluta em desaparecer
Dos mapas Brasis
Vejo que o rio que carrega esgotos da civilização
É o mesmo por onde navegas peixes tontos
Mata a sede dos desatinos
E irriga o alimento dos homens desumanos
Há
Se não fosse tão pequeno
Beijaria o firmamento
Escalando penhascos
Pulando montanhas
Pendurado nas nuvens
Esbanjaria meu carinho
Tagarelando versos em prosa
Drumonianos
Enquanto nos sertões
Ainda sobrarem veredas
Quero desfrutar da beleza
Dos nossos dias
Verde e amarelo
Vermelho e azul anil
Enquanto deixarem povoar meu cordel
Do santo do velho chico
Que perversamente maltratado
Desagua no cabeço
Engolido pelo tenebroso
Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...