Beijava-me tão intensa quanto antes sorria,
e eu muda à luz esmaecida sensível,
deixava-me ser tal a sombra invisível.
Então, ela me provou como a um caro vinho,
em nenhum momento eu diria "não".
Adormeci enquanto procurava cigarros,
indeléveis as marcas em meu corpo inteiro
- confesso que achei um pouco patético
ter que pedir para ir ao banheiro.
Ela continuou a sorver todo o mel,
diluído num copo de água mineral,
contemplou-me com a paridade sexual
- achava ser apenas ficção ou mito,
quando ainda fazendo aquele boquete,
regozijo incrível de duas fêmeas num cio,
até que saciadas no clarão da aurora,
me mudei de lado sem querer acordar.