Disse eu, no meu coração:
Não deixe que possam
Ver transparecer seu sofrer.
Eu chorava inquieta!
Melhor seria que alegrasse,
Mas era visível a dor sentida no âmago
Pesadelo de passada era.
Um passado dorido por, vezes, resvala!
Lágrimas tantas, se fizeram...
Saltar de minhas pupilas
Lambiam minha tez com intensidade.
Debalde tanto esforço tentar segurar!
Deixei fluir, que eu bebesse
Das lágrimas - bebeu minha
Boca do sal de minha alma.
Dessa forma, então, dissipou-se!
D’alma esvaziou-se escorrendo...
Como águas volumosas de um rio
Navegando no seu leito sem direção...
Que, nem sei como, qual caminho buscou!
Só, sei, que foi assim:
O fim daquilo que se fez morada em mim
Foi-se quem sabe encontra-se numa ilha perdida.
Se foram tantos sentimentos aglutinados!
Mary Jun
28/08/2016
Mary Jun