Quanto
Quanto vale a vida
quando não ha saída
em um destino incerto
entre feras corrompidas.
Tem de estar esperto
grades são barreiras
falsa proteção
quando elas se abrem, ganizam e explodem
são cortado os pés.
São cortadas as mãos
penduradas nas ventanas
sob fogo e fumaça, vidas em decomposição
quando vale o sol se me sinto tão abandonado.
Se aqui sentado não consigo ver
toda a dor de ser
sem poder sentir
ter de prosseguir sempre sem poder dormir
sem poder chorar.
Eu quero chorar
chorar por este destino
que quando menino
nunca eu quis sonhar.
Alexandre