Há dias em que os que “foram embora” nos fazem mais falta, hoje porventura será um desses dias.
Talvez acicatado por uma sensação de despedida a que já não estava habituado, hoje me tenha lembrado de muitas despedidas que tive de ir fazendo ao longo da vida, algumas foram de poucos dias, algumas de meses ou anos, algumas infelizmente tornaram-se definitivas.
Detesto ter de ver partir alguém de quem gosto, quero aqueles de quem gosto junto de mim, não imagino nada que me possa dar maior felicidade do que isso, infelizmente os desígnios que a vida nos traça obrigam-nos a despedidas cada vez mais comuns, ainda assim, para mim ver partir os que gosto ainda que seja por breves períodos, dilacera-me o ânimo.
Suporto estas chagas em silêncio… habituei-me assim, a ficar sossegado sem incomodar os outros com dilemas que são só meus, talvez porque nem todos sintamos da mesma forma as despedidas.
O dilema começa quando sentes o peito a apertar, tens dificuldade em te focar, não há nada que consigas fazer… por fim tens a sensação que já nem respirar consegues, acalmas um pouco e compreendes que afinal não deixaste de respirar, foste apenas tomado pela ansiedade.
Mas a ansiedade é disléxica e não passa de saudade.