Há dias em que sinto que a alma definha
amargurada na tristeza da sombra que me tornei.
Revoltada, quero chorar, dizer uma ladainha,
chorar e rezar - agora é tudo que sei.
Clamo pelo fim dos alardes, da dor sonante,
da angústia atormentada, a alma tão e tão ferida;
das dúvidas cruéis, da interrogação cruciante
a necessidade de saber o que se tornou a vida.
Rezar e chorar entre um sonho e a realidade
será a herança nefasta da própria vaidade.