Enviado por | Tópico |
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Rogério Beça | Publicado: 04/09/2016 18:59 Atualizado: 04/09/2016 18:59 |
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Re: Café
Estamos perante um texto impensável.
Andei às voltas com o despenso e, agora que penso nisso, não perdi tempo nenhum. Despensar, se for como eu penso é aquele sentir primordial, em que agimos sem pensar, premeditar. Para esse reino do imbondeiro, onde tudo é mais humano, cheiroso e tragável. Gostei desse mundo paralelo, onde há lugar para o amor universal, e não há miséria. Pena que amanhã tenhas de ir trabalhar. Abraço |
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Jmattos | Publicado: 04/09/2016 19:28 Atualizado: 04/09/2016 19:28 |
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Re: Café
Paulo
Minha imaginação foi longe com esse baobá! Rsrs Corajoso! Apreciei a leitura! Beijos! Janna |
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João Marino Delize | Publicado: 04/09/2016 19:31 Atualizado: 04/09/2016 19:31 |
Membro de honra
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Re: Café
O café está sempre em voga
O qual eu bebo todo o dia Até parece uma forte droga Que eu sinto que me vicia. Abraços |
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Margô_T | Publicado: 06/09/2016 08:04 Atualizado: 06/09/2016 08:04 |
Da casa!
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Re: Café
“Entre café e cigarros”, despensas
e com mais café e cigarros, despensas ainda mais… porque despensar é isso mesmo: ir do “café torrado” às “terras quentes”, do não-“açúcar” à “áspera realidade do mundo”, do “berço de ouro” ao “idílico” despensador, da “savana” aos “cabelos”, do “prédio” à “casca”, do “imbondeiro” aos “olhares subnutridos”. E, por este lado, despenso também: vou das “terras quentes” ao deserto da Namíbia, dos “cabelos” às algas no fundo do mar, do “rio que nasce dos” “pés e se espalha por quilómetros” à imagem de uma raiz que se distende solo abaixo, do “prédio” invadido por “casca dura e rugosa” à de uma casa sobre um imbondeiro… (mas logo vem a “sombra” que “protege milhões de pequenos seres”, apagando esta imagem e já só vejo essa sombra do imbondeiro onde me encontro - e onde todos se encontram também) O imbondeiro cresce na vertical, em ambos os sentidos (para baixo e para cima), e imagino as raízes a propagaram-se, levantando toda a calçada existente nas redondezas… melhor assim, que se apagam os “olhares subnutridos” e, por momentos, se imaginam “gerações fartas” à sombra do imbondeiro gerações, vale a pena destacar, de despensadores – desses que dão azo à sua criati(vida)de enquanto o imbondeiro se destaca da paisagem, inspirando-os a serem maiores do que ele. Repete-se o despensamento (antes que as imagens de apaguem) e vai-se buscar mais um cigarro e mais um café… até que se confunde o cigarro com o café e se traga o cigarro (provavelmente também fumando o café, despenso). De súbito, o “asfalto sugou o rio”, “as pedras comeram a relva”, “o betão rebentou a casca” e o imbondeiro sumiu… ficando apenas a solidão de um “penso”. Um registo fascinantemente despensador. |
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JoeWeirdo | Publicado: 08/09/2016 00:24 Atualizado: 08/09/2016 00:24 |
Membro de honra
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Re: Café
talvez a combinação preferida dos escritores. café e cigarro. bom pra refletir.
bem escrito, viu. |