- Elizabeth. Não, péra. Elisabete. Fonseca.
- RG.
- Treze, sete quatro cinco. Não, péra. Treze sete cinco... eu já falei o treze? Treze, sete sete cinco, barra nove? É. Barra nove.
- Altura?
- Um metro e setenta quando eu to brava, um metro e sessenta e três e meio quando eu tô normal. Mas por que a minha altura é importante? Eu tô rindo agora dessa coisa que eu falei. Mas é que quando eu fico brava eu ponho um salto e saio por aí. Mas agora estou com raiva mesmo, sem salto.
- Idade.
- A idade do cristo. Trinta e três. Sempre ouvi aquela história de que quando vamos ao médico ele pede que digamos “trinta e três”, para ver se está tudo bem por dentro. Médico nenhum nunca me perguntou isso. Mas agora, a todo o momento tenho que dizer esse número e ninguém me diz nunca se está tudo bem.
- Endereço.
- Longe.
- Um medo.
- Trinta e três.
- Um desejo.
- Boa sorte, boa noite, boa morte. Tudo de bom. Nada de ruim.
- Últimas palavras?
- Eu consegui o papel?
- A gente entra em contato. Fale com a Stela antes de sair. Próxima!