Ao meu urso de peluche e algodão,
por todas as aventuras
e por todos os momentos de solidão,
aqui fica um pequeno gesto de ternura.
E também por ser o melhor guardador de segredos,
que com poucos pó de imaginação
deixava de ser um brinquedo,
podendo ser hoje tema
e ter uns versos de poema
de toda a sua recordação.
De quando muitas vezes bastava um lençol
para sermos super heróis,
voarmos bem alto, tocar no Sol
e no momento seguinte sermos cowboys.
Muitas vezes corremos o Universo,
dentro de uma caixa de cartão,
sempre com o sentido inverso
e sem nunca levantar os pés do chão.
Inumeras vezes fomos exploradores
em busca de espécies raras.
Noutras eramos inventores
que queriam a pedra filosofal
para que o arco-íris tivesse muitas mais cores
(embora sem formulas muito claras)
e claro, nenhum tipo de mal.
Esta foi apenas uma lembrança
de muitas que a infancia tem,
relembrada por um homem
que será sempre uma criança,
mesmo que chegue aos cem!