O sol apagou
Anoiteceu
Virou penumbra.
Num repente , esnobe vem a lua,
sôlta poesia das noites rasgando o véu
Cheia, nova, crescente, minguante...
Quantas luas cabem no céu ?
Tantas cabem num olhar de poeta
outras tantas no olhar dos amantes,
e os da donzela
que tragou o azul profundo
como quem bebe o oceano
e esvazia o azul do mundo.
Nos acordes de um violão, a madrugada vira a vida do avêsso
enquanto tarda o dia
E cantam o boêmio, as donzelas e os amantes
os segredos das noites e os encantos da lua,
linda lua,
que virou poesia !