Queria tanto que alguém gostasse de mim ...
Esta ansiedade no meu corpo já não quero!
Precisava ser amado até ao fim,
pois ser poeta, nesta vida, não tolero!
Precisava de um olhar no meu olhar
alguém que me visse como alguém
queria tanto dar silencio ao meu penar
e arrancar do meu sentir tanto desdém!
Dizem que sou fraude, sou mentira,
que mereço ir à forca ...
Pobre de quem tanta pedra me atira!
Mas eu sou como a água, vem e vai,
não fura a pedra pela força,
mas pela persistência com que cai!
Ricardo Maria Louro
Ricardo Maria Louro