Poemas : 

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Chamar-te-ia de Brisa








És forte como as rochas
Brava como as àguas
Doce como as bagas
Leve como as asas

Chegas onde os olhos moram
Permaneces onde os sonhos crescem
Respiras onde as nuvens nascem

Emprestas tuas asas às flores
E vestes o sabor das tardes
Para receberes amor

Suavizas as pálpebras
Quando a saudade aquece o gelo
E falas mais que as palavras
Nos silêncios do povo
Num único sopro




 
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kikofalcão
 
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Enviado por Tópico
Margô_T
Publicado: 01/09/2016 07:31  Atualizado: 01/09/2016 07:31
Da casa!
Usuário desde: 27/06/2016
Localidade: Lisboa
Mensagens: 308
 Re: `
Destaco as tuas duas primeiras estrofes: na primeira as várias associações e o ritmo acelerado com versos curtos e sons finais semelhantes; na segunda um momento de pausa (contrastando em muito com a estrofe anterior - feita de força e movimento) onde verbos como “morar”, “permanecer” e “respirar” atenuam o ritmo e fazem-nos sentir a leveza dos "sonhos" e das "nuvens".
O verso “E falas mais que as palavras” – complementado pelo último “Num único sopro” – leva-nos para essa linguagem do corpo que se faz ouvir, não só através da fala, mas também (e muitas vezes sobretudo) através dos seus gestos, sopros, palpitações e respirações.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 01/09/2016 10:32  Atualizado: 01/09/2016 10:32
 Re: `
"O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você. "

Sempre muito, muito bonito.

Obrigada pelo momento de leitura!

Um abraço,

Anggela

Enviado por Tópico
Jmattos
Publicado: 03/09/2016 01:45  Atualizado: 03/09/2016 01:45
Usuário desde: 03/09/2012
Localidade:
Mensagens: 18165
 Re: `
Parabéns!
Belíssimo poema! Levei!
Beijos!
Janna