Enviado por | Tópico |
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Margô_T | Publicado: 31/08/2016 20:03 Atualizado: 31/08/2016 20:03 |
Da casa!
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Re: Et caetera
Bem interessante este teu poema (uma primeira publicação no site que te coloca já num patamar bem elevado).
Nele vejo duas interpretações possíveis consoante a abordagem (mais ou menos negativa) com que se lê a última estrofe. Como me agrada mais a abordagem de encontro do que de desencontro, vou optar por essa. O cego conhece-te “de longe” “pelo cheiro a olhar molhado” (pelo olhar comovido que – não sendo visto – se pressente), bem como “pelos sons do coração roto” (que deixa cair, pelas suas aberturas, os “gritos de outono” e os “sonhos castrados de inverno” – ambas estações de olhos molhados como o próprio sujeito poético). O surdo conhece-te “de perto” (interessante o “longe” e o “perto” nestas duas estrofes, jogando com proximidade e distância) pelos soluços e o “nublado dos olhos” (soluços esses que não se ouvem, mas se pressentem no olhar nublado). Saindo das duas primeiras estrofes chega-se a um “tu” que “aqui ao lado” (ainda mais perto que o “de perto” da estrofe anterior) conhece-te pelo “tocar” no “rosto” “com os lábios” enquanto proclamas o teu nome, de um modo “soletrado/de coração aberto”. E por que razão este “tu” só conhece o sujeito poético quando esta combinação ocorre, enquanto um cego e um surdo o pressentem à distância? Talvez porque, ao lado do “tu”, o sujeito poético não tenha razões para andar de “olhar molhado” “soluçando o nublado dos olhos”, não dando por isso outra face a conhecer…. já que, não se sentindo “de coração roto”, o sujeito poético está de “coração aberto”, sendo os seus gestos um reflexo dessa emoção. PS: No verso "Quanto chego soluçando o nublado dos olhos" não era "Quando" em vez de "Quanto"? |
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Enviado por | Tópico |
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visitante | Publicado: 31/08/2016 20:27 Atualizado: 31/08/2016 20:27 |
Re: Et caetera
Muito belo o teu texto.
Poetas como tu, engrandecem o site. Parabéns! Um abraço, Anggela |
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Enviado por | Tópico |
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Jmattos | Publicado: 03/09/2016 01:47 Atualizado: 03/09/2016 01:47 |
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Re: Et caetera
Parabéns Poeta
Muito bom! Gostei! Beijos! Janna |