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Despedida

 
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Despedida

Quantas bocas falam a minha boca
entre os muros e ruínas
sem rumo e sem nenhuma certeza
nem abaixo nem acima
na exortação da inocência pura
na face lívida e quente
quando olho a rua a tua procura.

Quantas bocas falam a minha face
na desventura da ausência do teu sorriso
que quando a mim chegasse
num aviso impreciso
uma letal bactéria
indescritível indiferença
prostitutas de uma vida de miséria
nesta mortal sentença.

Quantas lagrimas molham meus olhos
que jazem secos
que olham turvos pelo sumo
e passam noites a chorar
envoltos e nuvens de fumo
copos de cerveja
e que com certeza
são iguais a gotas de ácidos no ar.

Alexandre


 
Autor
montalvan
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Enviado por Tópico
MarySSantos
Publicado: 30/08/2016 13:11  Atualizado: 30/08/2016 13:12
Usuário desde: 06/06/2012
Localidade: Macapá/Amapá - Brasil
Mensagens: 5848
 Re: Despedida
a despedida, seja santa ou pecadora, sempre deixa um perceptível rasgo no ar, por isso: "quantas bocas falam a minha face"... "quando olho a rua a tua procura". os entorses e contorções que o abandono deixa no ser que muito ama, se enredam no poema e gostei, por conter versos nem tanto chorosos mas com "gotas de ácidos no ar".

agradeço e favorito

bj