PILOTO DE FUGA
Toca o bonde num opala sem placa
Seis canecos de pura diversão!
Preto e prata rebaixado na estrada.
Seguindo sem rumo nem direção.
Farol alto riscando a madrugada,
Motor zunindo forte no retão
E baila na curva; e sai de traseira
Acelerado igual seu coração...
Refrão:
Cavalo de aço!
Tampa de caixão...
A mil por hora,
Chegando ou não.
Bate lata faiscando pelo asfalto,
Deixando um trilho feito de ilusão
Vai de nada para lugar nenhum
E volta sem qualquer explicação.
Piloto de fuga, sua jornada
É correr mundo na escuridão
Enquanto a mente segue acelerada,
Vivendo no limite da emoção
Refrão:
Cavalo de aço!
Tampa de caixão...
A mil por hora,
Chegando ou não.
Betim - 29 08 2016
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.