Quando eu olho as estrelas é como se um filme passasse em minha mente.
Recordo-me de ainda menina, passar horas na janela do meu quarto, contemplando esse infinito de beleza, azul brilhante e prateado.
Para mim sempre foi poético esse “olhar para cima”, é como se você sentisse tudo e ao mesmo tempo não precisasse falar nada, é como se houvesse um elo entre você e as estrelas, uma mágica, química, onde a leitura da alma é feita em fração de segundos, e ali, naquele perfeito elo eu me encontrava, aquele olhar brilhante me penetrava, e me fazia sentir única por um momento. Sim! para mim as estrelas sempre teve olhos, olhos brilhantes e grandes que me ofuscavam, seu brilho me preenchia, seu abraço me esvaziava dos sentimentos torcidos, que as vezes eu carregava.
As estrelas são testemunhas dos amores que eu amava, amor de menina, amores que eu guardava, e sobre tudo me ensinava, a amar transbordando, me fazendo com encanto a me doar sem engano pelos ais do desengano.
As estrelas falam mais do que se pode imaginar, além de tudo nos houve, nos responde, seu olhar é tão brilhante, que me faz flutuar para longe desse mundo, para onde existe a minha constelação.
Por: Talita Assis