A falta de paciência
Se torna uma criatura com consciência
Que indecência
Alguma forma de ciência
Perdoar ou não perdoar?
Decisão que hoje tive que lidar
Claro, não fora nada para se alertar
Nem tão pouco se preocupar
Tudo bem, devo agora confessar
Não possuo paciência para, certas coisas, sustentar
Ofensas escutar, e "deixar pra lá"
Simplesmente não dá
Talvez não consigo aguentar
Mas evito me julgar
Perante o espelho, meus defeitos falar
Melhor não falar nada
Viver a vida de cada.
Coisas bobas, coisas sérias
Minha paciência não tira férias
Minha mente me lota de ideias
Superando todas as quedas
Planejando novas metas
Sou muito propenso a dizer não
E, em minha mente tenho razão
Sou muito propenso a, desculpas não aceitar
Posso até vacilar
Mas não quero ser feito de bobo
Me tratando como um robô.
Me disseram uma vez que sou frio
Disseram que não tenho espírito
Posso até concordar
Mas deixem-me pensar
Errar todo mundo erra
Mas existe a "medida certa"
O limite, por assim dizer
É mais fácil de compreender
Uma muralha enorme
Onde a paciência se constrói
Ela se torna os tijolos da construção
E a cada ataque contra ela, cada explosão
Expõe sua vulnerabilidade
Sem a muralha, a "frieza" canta liberdade
Acredito haver um limite para tudo
Respeito, sobretudo
Absoluto.
Como reparar o dano causado na muralha?
Sempre participando na sociedade, real campo de batalha
Cada dia comprido, que tal se ganhássemos uma medalha?
Para todos os momentos que nós nos controlámos
Brigas e provocações que evitamos
Defeitos e críticas que aguentamos
Conta até dez para se controlar
No meu caso, até cinquenta devo me aliviar
Mais versos hoje estou a expressar
Essa vida é um teste de paciência
E se tivermos a eficiência
Iremos ganhar experiência.