Enviado por | Tópico |
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Margô_T | Publicado: 27/08/2016 08:44 Atualizado: 27/08/2016 08:44 |
Da casa!
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Re: coisas de cais e outros quintais
“um corte no coração solta a âncora” que nos ampara das quedas… uma âncora “resistente” à “ferrugem” que se encontra abraçada/engatada à “esperança”.
Solta-se a âncora e, com ela, a esperança e a nossa ligação com o tempo: “a argola de ligação nos quilómetros do tempo foi rompida” “todas as margens que/acolheram” as âncoras assistiram a estes “braços de partidas” Primeiro, sente-se a “água nos pés”, “a maresia” e os movimentos constantes (“maré baixa maré cheia”) e depois o “peito” fica “molhado como tábua/de convés” - assim permanecendo. Com tanta onda e movimento, “a tela do cais/tem traços borrados”… talvez da espuma das ondas, talvez do incógnito que sempre traz uma partida, talvez do céu enevoado. Mas “porto que é porto vive de agitação”, sem que tenha consciência que “tábua à tábua” “imprime-se solidão”… porque os barcos que partem perdem os seus braços e tudo treme e balança enquanto o “corte no coração” não sara e o tempo não for, por fim, refeito. Um poema-paisagem. Uma paisagem-metáfora. Gosto. |
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