No chão de cicatrizes o vento varre flores. Sigo rastro de pétalas que não dão afeto pro caminho. Sinto a saudade do vento verde e meus pés desnudos lembram tristes da sombra dos Ipês refrescando o destino com promessas de raízes e sementes. Sem destino vou, que meus pés não querem parar. Não enquanto o céu espalhar no ar o canto do sabiá. Sabiá que voa livre, pousando de rama em rama. Terra aonde a seiva escorre doce das mãos do homem que ama.