Acostumada a te ver todos os dias, dias de sol, dias de chuva, nublados, ensolarados, mas bonitos, sempre muito bonitos com a sua presença. Que dias intensos tem me proporcionado, quantos pensamentos e sonhos tem me despertado, quão bom é olhar nos teus olhos e encontrar ali o sossego para a minha alma. E o mais engraçado foi que eu te vi assim, da forma como é, sem máscara, sem medo, uma alma nua, pronta para ser rejeita se isso significasse nunca se perder de si mesmo, e foi na sua simplicidade, nessa sua coragem, na sua humanidade que meu coração foi se entregando, e se puder será para sempre seu. Quanta falta eu sinto da sua risada, dos seus gestos, das tuas palavras, dos teus olhares ao longo do dia, e peço para que logo as horas passem, corram, voem para que para os teus braços eu poça voltar. Nos silêncios dividimos grandes segredos, compartilhamos nossos medos, enlaçamos nosso coração, e até você que ranzinza desistiu do amor, um dia me olhou e me disse que eu era a razão de tudo, e naquele momento o mundo passou a fazer sentido para mim. E nos nossos momentos de conversa passamos a ter tanta cumplicidade, nos olhares, nos gestos. Muitas vezes insisto, bato o pé, para deixar de lado essa coisa incontrolável, mas de repente uma vontade me invade, três mil vezes mais forte que a minha, como a correnteza do mar, leva meus pensamentos, meu corpo e minha alma direto ao seu encontro, são todos sentimentos únicos, instantes únicos, que ninguém copia, ninguém leva, que mesmo com o passar das horas, aqueles momentos permanecem, simples como o toque das mãos, as risadas involuntárias por estarmos na presença um do outro, o jeito bobo de fazer o outro sorrir, a necessidade da presença diária, um beijo de proteção na testa, tem o desejo, sempre tem o desejo, mas também tem todo o resto, tem carinho, tem amor, tem cuidado, tem todo o necessário para alimentos esse monstro que muito chamam de amor. Mesmo com todos as tuas tempestades, você ainda capaz de sorrir, capaz de viver, capaz de crescer, me faz ter mais vontade de existir, e aí eu venho todos os dias, te chamo de canto, te abraço apertado e abro meu guarda-chuva, e ali embaixo mora a paz que a gente tanto procura, mora o teu sorriso iluminado, mora o esquecimento do passado, onde a chuva não possa nos atingir, e te pergunto se eu posso cuidar de você e você me olha com tanta gratidão, me entrega todo seu coração, e de lá faço meu lar. Quando ele acorda e eu acordo e nós olhamos é uma promessa para cada novo dia que há de chegar, de que nada se acabe enquanto estivermos juntos, e olho para os céus e mesmo distante, sei que foi Ele quem abençoou tudo isso, e aí eu agradeço, por toda batalha diária, por todo crescimento, por todo sofrimento, pois quando eu penso nada se compara ao amor que hoje sinto aqui dentro.
Tatiane Nunes Freire