Caminho descalça pelos caminhos
que já vive, pelos sonhos que abracei,
recolho nos pés areias finas
deixadas por um mar de ilusões…
Em cada ponta do pensamento
há uma nova semente à espera de brotar
em terras férteis, renovadas abertas ao sol e ao puro ar…
Espinhos e fenos secos, estão encostadas às margens
juntos e calados, sem retorno ao caminho solto
da minha verdadeira aragem, a liberdade das escolhas,
o tempo das colheitas, as mãos que não se fecham
os sons do universo que não se silenciam…
Tudo é tão vago nos trilhos do invisível
só a alma voa e dança com o vento
nunca dorme, sempre sonha em abraçar
todos os tempos, todos os ventos…dança e canta…
Aguarda serena os encantos que sempre chegam
em vozes tão diferentes das que os sonhos dizem…
E…entre caminhos, sonhos, ilusões sem porções mágicas
escrevo as páginas abertas do meu caderno
que nem todos sabem ler, mesmo juntando todas as letras
só alguns, podem e vão, entender sem temer!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...