Meu Pai
Bravo carrancudo mais zeloso
Caminhoneiro o asfalto era seu mundo
Na distancia meses passava
O sorriso de alegria quando Ele voltava
Meu Pai
Sanfoneiro Violeiro cantador
Homem honesto trabalhador
Dividia sua vida entre a estrada
A família e o barulho do motor
Meu Pai
Sua rota Brasil e Argentina
Sua historia desenhava e escrevia
Entre cidades desvios e rodovias
Meu Pai
As suas prosas já não ouço mais
Só lembranças e recordação
E o amor eterno que guardo por Ti
Num cantinho do meu coração
Meu Pai
Ainda lembro-me de você no cantinho do sofá
Com sua viola nos braços eu ti ouvia
Cantando as mais belas antigas canções
Que nas letras toda a simplicidade existia
Meu Pai
A saudade bate forte em meu peito
E na voz suas emoções eu descrevo
Quando em alguns acordes eu me atrevo
No meu violão tocar um modão do seu jeito
Meu Pai
Como queria te-lo aqui bem perto
E do seu orgulho estar merecendo
Vendo que meus filhos e netos
Com dignidade estão crescendo
Meu Pai
Seus conselhos ainda são a minha fonte pra seguir o meu caminho
Ton Nil e Simone Prado