Ainda espero por ti
numa cama de cetim
em lençóis de solidão,
a minha esperança vazia
a minha história tão fria
sem Alma nem coração.
Tantas rosas proibidas
tantas lágrimas perdidas
há na dor do meu olhar,
numa cama sem ternura
estão meus olhos de amargura
em teus olhos a bailar.
Estes versos são um grito
uma saudade que agito
como as ondas, mar revolto,
do que fui e já não sou
do que dei e já não dou
são um grito, um grito solto.
Ricardo Maria Louro
Do repertório do Fadista Rui Lopes.
Ricardo Maria Louro