És a cristalina gota,
desta vida rota,
És a Coralina poeta,
desta lida, meta
És minha mãe eterna
desta ermida, acolhida
És o sereno da manhã
desta retida, retina
És mais que o choro
das noites que menino
Te privei, no teu cansaço
tomei a seiva de teu peito
És a minha mãe gaia,
que desta vida nada caia,
És o amor mais profundo
desta flor de agosto...
AjAraujo, escrito em 19 de agosto de 2016, de improviso para minha mãe Eutália, próxima de completar 90 anos.